Destituída de ornamentação e formada por volumes prismáticos brancos, a obra precisou ser ornamentada em seu projeto para obter aprovação junto à prefeitura. Após sua conclusão, foi alegado falta de recursos para completá-la.
Warchavchik, em carta destinada ao secretário do CIAM, Siegfried Giedion, relatava as inúmeras dificuldades que teve que enfrentar durante a construção –desde a aprovação, o alto preço de materiais como cimento e vidro e a formação técnica da mão-de-obra–.
O jardim, projetado por Mina Klabin, sua esposa, proporcionou um uso pioneiro de espécies tropicais.
Em 1935, a casa passa por uma reforma, para adequá-la à família que crescia. Experimentaram-se alterações na lógica da circulação e na composição dos volumes. O acesso principal passa a se realizar pela lateral, onde foi acrescida uma marquise; a cozinha é ampliada e a varanda lateral é suprimida, dando lugar a uma ampliação da sala de estar que ainda ganha um novo volume curvo, cuja laje dá lugar a um novo terraço que circunda o quarto da esposa. Além do novo terraço, o piso superior ganha algumas modificações, como a inserção de um novo sanitário servindo o quarto do marido e de um closet, entre o quarto da esposa e o quarto do filho, anteriormente, quarto de costura.
Em 1984, o o conjunto é tombado pelo Condephaat, seguido pelo Iphan e, posteriormente, pelo Conpresp. Mas somente a partir do ano 2000 se iniciam projetos e obras para a recuperação do imóvel, completados em 2007.
Referência:
José Tavares Correia de Lira, "Ruptura e Construção: A Obra de Gregori Warchavchik", em Novos Estudos, no. 78, Centro Brasileiro De Analise e Planejamento (CEBRAP), 2007.